Sobre ser uma eterna estudante – versão século 21


Sempre gostei muito de estudar. Por isso, sempre achei que teria no mínimo um doutorado aos 35 anos. Bom, isso não aconteceu – mas a internet tem me ajudado a manter minha alma de estudante satisfeita.

Há alguns anos, conheci o Coursera. Já fiz vários cursos lá – de história, literatura, música, direito – e todos foram maravilhosos. Este ano, finalmente dei uma chance do EDX, num curso de quadrinhos do instituto Smithsonian (com participação especial do próprio Stan Lee!). Também foi ótimo.

Quando estou meio entediada ou simplesmente quero algo mais breve do que um curso inteiro, que geralmente requer leituras adicionais, exercícios e provas, entro no TED e busco por palestras interessantes. Sempre há algo bom para ver.

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Podemos aprender uma coisa nova todos os dias. Ou mais de uma!

Antes do Coursera, acompanhei alguns cursos no YouTube mesmo. Vários ainda estão no ar, como o de introdução à psicologia com Paul Bloom. Outra coisa que faço é pesquisar palestras sobre temas que me interessam, tipo filosofia e literatura.

Outro site já clássico para quem gosta de aprender é do da Khan Academy, com aulas de matemática, história e história da arte, entre outras. Falando em arte, o site do Metropolitan é um verdadeiro paraíso, com vídeos feitos especialmente para a internet e gravação das palestras e conferências realizadas no museu.

Também tenho a mania de procurar entrevistas com os autores dos livros que acabo de ler. Se o autor é bastante antigo, é possível achar alguém falando sobre ele ou ela. Este ano, por exemplo, li um livro com alguns ensaios do Mestre Eckhart, um teólogo e filósofo da Idade Média. Claro que não acharia nenhuma entrevista com ele, mas complementei a leitura com algumas palestras bem bacanas, como esta.

Sim, saber inglês ajuda muuuuuuuuito. Mas, para quem ainda não é bom na coisa, a internet também pode ser uma boa sala de aula. Para treinar outros idiomas, gosto de traduzir artigos de jornal, porque aprendo melhor com contexto. Logo que terminei o curso de espanhol, passei mais de ano lendo ao menos uma matéria do El País por dia, e também ouvia com frequência reportagens e entrevista na BBC Mundo (serviço da BBC em espanhol). Agora, estou repetindo a fórmula para aprender francês: leio e escuto matérias do Le Monde e da BBC Afrique. Há tradutores, dicionários e até páginas explicando detalhes da gramática para todos os gostos. E inúmeros sites para quem gosta de uma metodologia mais tradicional, como o Duolingo.

Eu não acho que a internet substitui (nem vai substituir tão cedo) os professores e as escolas. Mas isso não significa deixar de explorar os recursos incríveis que existem atualmente!

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