108. Pix
Bem-vindos ao podcast Cinco Minutos de Português Brasileiro. Pelos próximos cinco minutos, vou falar em português brasileiro de forma clara e pausada.
No final do ano passado, tive um problema com meu cartão do banco, cartão com o qual eu podia fazer pagamentos à vista, ou seja, usar como cartão de débito, ou ainda usar como cartão de crédito.
O problema foi o seguinte: eu comprei alguns produtos numa feira, e o valor cobrado foi bem maior do que o valor combinado. Os produtos, umas bijuterias feitas de sementes de açaí, custavam ao todo pouco mais de cem reais. Contudo, quando vi o extrato da minha conta, percebi que o valor cobrado passava dos mil reais.
Por causa disso, entrei em contato com o banco e tive de acabar cancelando meu cartão. E assim, passei mais de um mês inteirinho sem ter cartão algum, sem ter cartão de crédito nem cartão de débito. Nesse período, também não usei dinheiro de papel. Porém, fiz compras normalmente, inclusive compras para o Natal, também fui ao cinema, a cafés e a restaurantes.
Fiz todas essas compras e pagamentos com Pix. Para fazer um Pix, basta ter uma conta no banco e um aplicativo instalado no celular. É uma forma muito fácil de fazer pagamentos. Aliás, já há pessoas que pedem dinheiro nas ruas dizendo que aceitam Pix. É que muitos brasileiros nem andam mais com dinheiro de papel nem moedas no bolso.
De acordo com uma matéria publicada no site da Agência Brasil no dia 4 de dezembro, o Pix já é a forma de pagamento mais utilizada pelos brasileiros. “Após quatro anos do seu lançamento, a modalidade superou as transações com dinheiro em espécie.” Ou seja, com dinheiro em papel ou moedas.
De acordo com a pesquisa intitulada Brasileiro e sua Relação com o Dinheiro, realizada pelo Banco Central, o Pix é usado por 76,4% da população, e é a forma de pagamento mais utilizada por 46% dos entrevistados. A segunda forma de pagamento mais utilizada pelos brasileiros, de acordo com a pesquisa, é o cartão de débito. O dinheiro espécie, ou seja, cédulas e moedas, aparece em terceiro lugar.
Mas o que é Pix? É um meio de pagamento criado pelo Banco Central em que os recursos são transferidos entre contas em poucos segundos, a qualquer hora ou dia. É bem prático porque, para fazer um pagamento, não é necessário ter muitas informações sobre a pessoa que vai receber o dinheiro. Para fazer uma transferência, basta ter uma informação, chamada de chave, que pode ser um e-mail ou número de telefone, por exemplo. Também é possível fazer um Pix a partir da leitura de um QR code.
Claro, com mais facilidades surgem também novos perigos. Além dos vários golpes que envolvem transferências por Pix, alguns criminosos também sequestram pessoas e exigem grandes pagamentos por meio de Pix.
Atualmente, circula nas redes sociais a notícia de que o governo vai taxar, isto é, cobrar impostos sobre as transações via Pix. Porém, o governo já desmentiu essa informação. O governo já disse que essa informação é falsa.
A notícia verdadeira é que, no dia primeiro de janeiro, entraram em vigor as novas regras da Receita Federal para a fiscalização de transferências financeiras. “A principal mudança foi a extensão (a ampliação) do monitoramento de transações financeiras às transferências Pix que somam pelo menos R$ 5 mil por mês para pessoas físicas (ou seja, pessoas como eu e você) e R$ 15 mil para pessoas jurídicas (ou seja, empresas).”
Obrigada por ouvir até aqui.
A transcrição deste episódio está no site www.melissabarbosa.com.br
Até o próximo, tchau!